sábado, 21 de janeiro de 2017


Museu do Louvre


Thiago Costa
Imagem: Thiago Costa

Em 1190, o Rei Felipe II construiu um sistema de defesa para fazer frente à ameaça dos ingleses em Paris. Então foi feito, além de um cinturão de muralhas, um castelo com fossos, torres e uma fortaleza central (donjon), bem no centro da cidade. Por cima dessa maravilha medieval, seriam então construídos um enorme palácio real Renascentista, diversos escritórios administrativos e uma residência imperial para Napoleão. Assim nascia um dos maiores museus de arte do mundo: O Louvre.


Thiago Costa
Imagem: Thiago Costa

Os restos do antigo castelos são acessíveis aos visitantes que entram no museu, e estão protegidos por uma laje de concreto feita à época da última restauração do Louvre (1989). Os curiosos podem entrar nas ruínas e chegar até a fortaleza central, o donjon. Essa é a primeira seção de visita ao museu, logo após a bilheteria, que fica embaixo da Pirâmide. Para se evitar as grandes multidões, utiliza-se o acesso ao lado do Arco do Triunfo do Carrossel do Louvre (mapa), onde primeiro se deve passar por dentro de uma galeria comercial para então se ter acesso à bilheteria.


Wikipedia
Imagem: Wikipedia (2016)

Depois da bilheteria, o museu dá as opções de começar a visita por uma das três entradas: Sully (Louvre Medieval no subsolo e Antiguidade no primeiro piso), Richelieu (esculturas francesas e artes do Islã no subsolo; objetos de arte no primeiro piso) e Denon (esculturas dos séculos XI ao XV, Egito e Grécia Pré-Clássica, todos no subsolo; pinturas, no primeiro piso). É imprescindível pegar um mapa do museu - em qualquer idioma - logo na bilheteria, pois a magnitude do Louvre pode causar certo estranhamento.


Thiago Costa
Imagem: Thiago Costa

A Colunata do Louvre é a fachada leste do museu, construída em 1650, por Claude Perrault, a fim de completar o fechamento do pátio quadrangular (Cour Carrée) e como previsão para abrigar os apartamentos de Luís XIV. Sua aparência simétrica é legítima do Renascimento Francês. Chega-se à Cour Carrée (1549) passando-se pela porta central. O pátio e suas fachadas são de Pierre Lescot, sábio arquiteto que utizou-se de inspirações italianas para dar início ao estilo francês.


Thiago Costa
Imagem: Thiago Costa

O Arco do Triunfo do Carrossel do Louvre é esse, construído em 1809 por Napoleão Bonaparte. Esse marco celebra a vitória dos franceses na Batalha de Austerlitz (1805) e tem uma forte influência do arco do triunfo do império romano, a dizer pelas cenas de guerras esculpidas nas faces do monumento, além da quadriga que orna a parte superior.

Thiago Costa
Imagem: Thiago Costa

A Pirâmide serve como entrada principal do museu. Ela é rodeada por um espelho d'água e outras três pirâmides menores, servindo geralmente como paisagem para as selfies dos turistas, que são milhares, contudo no verão. Mas a pureza da forma é o que mais encanta na harmonização com o antigo. O grande pátio ao seu redor se chama Cour Napoléon, que até 1871 era fechado por um outro prédio transversal, o Palácio das Tulherias, incendiado e destruído naquela época.


Thiago Costa
Imagem: Thiago Costa

O projeto da Pirâmide foi encomendado ao presidente francês François Mitterrand nos anos 80. Essa solução é devida ao arquiteto I. M. Pei, ao qual foi incumbida a tarefa de criar uma nova entrada para o museu, visto que a antiga já não suportava as multidões de turistas que visitavam o Louvre todos os dias. Abaixo da Pirâmide, um grande hall acomoda os visitantes, porém o aumento do público nos últimos anos continua gerando filas enormes do lado de fora. Para isso, estão previstas obras de melhoramento do acesso ao museu ainda em 2017.


Thiago Costa
Imagem: Thiago Costa


O Louvre é tão comprido que até uma avenida passa por dentro dele, como pode se observar no mapa, na Place du Carrousel. Além disso, o museu é o início do chamado Grande Eixo Histórico, uma linha urbana que passa pelo Jardim das Tulherias, Praça da Concórdia, Avenida Champs-Elysées, Arco do Triunfo da Praça Etoile, e vai até o distrito de La Défense, finalizando-se no prédio conhecido como Grande Arche. Esse caminho é tradicionalíssimo em Paris desde os desfiles de Napoleão pela cidade, no século XIX. No 14 de Julho, feriado nacional da França, é por esse eixo que desfilam as tropas militares e por onde sobrevoam as aeronaves em espetáculos aéreos suntuosos. No subsolo, sempre se encontra a Linha 1 do metrô, cujas estações que dão acesso ao Louvre são duas: Louvre-Rivoli (com saída para a Colunata do Louvre) e Palais Royal-Musée du Louvre (com acesso ao Carrossel do Louvre e à Pirâmide).

Nenhum comentário:

Postar um comentário