quarta-feira, 6 de dezembro de 2017

Saint-Gervais-Saint-Protais


Thiago Costa
Imagem: Thiago Costa


Essa igreja, que começara a ser construída em 1494, recebeu uma nova fachada em 1621, de estilo inovador para a época: o Barroco. Decoração faustosa e curvas sensuais começaram a aparecer na arquitetura de Paris, mesmo que o Classicismo ainda predominasse em Saint-Gervais-Saint-Protais. Cada uma das três ordens dos capitéis das colunas é representada em cada um dos níveis. Dórico no térreo, Jônico no intermediário e Coríntio no superior.

segunda-feira, 27 de novembro de 2017

Palácio de Luxemburgo


Thiago Costa
Imagem: Thiago Costa


Antes um castelo urbano construído por uma rainha, hoje a sede do Senado Francês. O Palácio de Luxemburgo é símbolo da riqueza das casas parisienses. Em 1615, a segunda esposa de Henri IV, vinda da corte florentina, queria uma casa à semelhança do Palácio Pitti, em Florença, mas que não fosse apenas uma cópia.

Essa ideia de palácio urbano surgiu na Roma Antiga, o rus in orbe, "o campo na cidade", cuja vida bucólica era trazida para o meio urbano. Já o nome Luxemburgo é devido ao duque proprietário anterior à construção do palácio.


Thiago Costa
Imagem: Thiago Costa

A Fonte de Médicis, ao lado do palácio, tem esse nome pela origem da rainha, Maria, da família dos Médicis de Florença. Ela contratou Salomon de Brosse para recriar os jardins que conheceu na infância, inclusive compondo essa fonte, erguida em pedra e com esculturas de personagens da mitologia grega.

Thiago Costa
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quarta-feira, 22 de novembro de 2017


Pont-Neuf e Place Dauphine


Thiago Costa
Imagem: Thiago Costa

Em um terreno triangular, na ponta da Ile de la Cité, o rei Henri IV mandou construir uma nova ponte para a cidade, tão tecnológica que seria a única daquela época a resistir até os nossos dias. O ano era 1610, e se inaugurava a primeira ponte de Paris desprovida de edifícios por cima. Seus pilares em forma de proa e os arcos romanos possibilitaram superar o seu maior desafio ao longo dos séculos: as correntezas do Rio Sena. Por todo o coroamento da ponte, podem-se observar os mascarões, figuras satíricas que tinham a finalidade de repelir o mal, assim como as gárgulas de Notre Dame.


Thiago Costa
Imagem: Thiago Costa

Nas casas ao redor da praça triangular, apenas o térreo, por estar na altura dos passantes, era feito de pedra devido ao custo elevado desse material para a época. Os demais pavimentos eram feitos em tijolos. A Place Dauphine contava com lojas em todos os térreos, uma ideia que não era nova para o século XVII, mas que garantiu a estética e o funcionalismo do lugar. Atualmente a praça é facilmente acessada pela Estação Pont-Neuf (Linha 7 do metrô). Ali também estão localizados o jardim e a estátua do Vert-Galant, como era conhecido o rei Henri IV, o "velho sedutor".

terça-feira, 24 de janeiro de 2017


Place des Vosges


Thiago Costa
Imagem: Thiago Costa

Em 1606, o rei francês Henrique IV queria atrair a nobreza para essas novas resisências ao redor da Place des Vosges. Elas formam imóveis contínuos ao redor do quadrilátero da praça, mas os telhados com mansarda dão a impressão de casas individuais. Dois pavilhões mais imponentes marcam as entradas norte e sul da praça. Suas fachadas são repletas de elementos de inspiração clássica e marcam a localização privilegiada do pavilhão do rei.


Thiago Costa
Imagem: Thiago Costa

Estava assim estabelecido o conceito de praça como conheceram os gregos e os romanos na Antiguidade Clássica, o local de encontros e das atividades públicas, o coração da cidade. Elegante e espaçosa, a Place des Vosges poderia acolher os eventos públicos. A regularidade das suas fachadas lembra a ordem geométrica do Renascimento Francês.


Thiago Costa
Imagem: Thiago Costa

As arcadas, outra característica do Renascimento Europeu, dominam a paisagem da praça, oferecendo um abrigo aos pedestres em caso de intempéries e permitindo aos proprietários que diversifiquem o uso do térreo com atividades comerciais e de serviços.


Thiago Costa
Imagem: Thiago Costa

O endereço mais famoso da Place des Vosges é esse, o número 6, antiga residência do escritor francês Victor Hugo (1802-1885). A praça fica no meio do caminho entre as estações Saint-Paul e Bastille do metrô (linha 1). Basta andar pela Rue de Saint-Antoine e entrar na Rue de Birague. É um excelente passeio pelo Marais, o bairro judeu, medieval e gay de Paris.

sábado, 21 de janeiro de 2017


Museu do Louvre


Thiago Costa
Imagem: Thiago Costa

Em 1190, o Rei Felipe II construiu um sistema de defesa para fazer frente à ameaça dos ingleses em Paris. Então foi feito, além de um cinturão de muralhas, um castelo com fossos, torres e uma fortaleza central (donjon), bem no centro da cidade. Por cima dessa maravilha medieval, seriam então construídos um enorme palácio real Renascentista, diversos escritórios administrativos e uma residência imperial para Napoleão. Assim nascia um dos maiores museus de arte do mundo: O Louvre.


Thiago Costa
Imagem: Thiago Costa

Os restos do antigo castelos são acessíveis aos visitantes que entram no museu, e estão protegidos por uma laje de concreto feita à época da última restauração do Louvre (1989). Os curiosos podem entrar nas ruínas e chegar até a fortaleza central, o donjon. Essa é a primeira seção de visita ao museu, logo após a bilheteria, que fica embaixo da Pirâmide. Para se evitar as grandes multidões, utiliza-se o acesso ao lado do Arco do Triunfo do Carrossel do Louvre (mapa), onde primeiro se deve passar por dentro de uma galeria comercial para então se ter acesso à bilheteria.


Wikipedia
Imagem: Wikipedia (2016)

Depois da bilheteria, o museu dá as opções de começar a visita por uma das três entradas: Sully (Louvre Medieval no subsolo e Antiguidade no primeiro piso), Richelieu (esculturas francesas e artes do Islã no subsolo; objetos de arte no primeiro piso) e Denon (esculturas dos séculos XI ao XV, Egito e Grécia Pré-Clássica, todos no subsolo; pinturas, no primeiro piso). É imprescindível pegar um mapa do museu - em qualquer idioma - logo na bilheteria, pois a magnitude do Louvre pode causar certo estranhamento.


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Imagem: Thiago Costa

A Colunata do Louvre é a fachada leste do museu, construída em 1650, por Claude Perrault, a fim de completar o fechamento do pátio quadrangular (Cour Carrée) e como previsão para abrigar os apartamentos de Luís XIV. Sua aparência simétrica é legítima do Renascimento Francês. Chega-se à Cour Carrée (1549) passando-se pela porta central. O pátio e suas fachadas são de Pierre Lescot, sábio arquiteto que utizou-se de inspirações italianas para dar início ao estilo francês.


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Imagem: Thiago Costa

O Arco do Triunfo do Carrossel do Louvre é esse, construído em 1809 por Napoleão Bonaparte. Esse marco celebra a vitória dos franceses na Batalha de Austerlitz (1805) e tem uma forte influência do arco do triunfo do império romano, a dizer pelas cenas de guerras esculpidas nas faces do monumento, além da quadriga que orna a parte superior.

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Imagem: Thiago Costa

A Pirâmide serve como entrada principal do museu. Ela é rodeada por um espelho d'água e outras três pirâmides menores, servindo geralmente como paisagem para as selfies dos turistas, que são milhares, contudo no verão. Mas a pureza da forma é o que mais encanta na harmonização com o antigo. O grande pátio ao seu redor se chama Cour Napoléon, que até 1871 era fechado por um outro prédio transversal, o Palácio das Tulherias, incendiado e destruído naquela época.


Thiago Costa
Imagem: Thiago Costa

O projeto da Pirâmide foi encomendado ao presidente francês François Mitterrand nos anos 80. Essa solução é devida ao arquiteto I. M. Pei, ao qual foi incumbida a tarefa de criar uma nova entrada para o museu, visto que a antiga já não suportava as multidões de turistas que visitavam o Louvre todos os dias. Abaixo da Pirâmide, um grande hall acomoda os visitantes, porém o aumento do público nos últimos anos continua gerando filas enormes do lado de fora. Para isso, estão previstas obras de melhoramento do acesso ao museu ainda em 2017.


Thiago Costa
Imagem: Thiago Costa


O Louvre é tão comprido que até uma avenida passa por dentro dele, como pode se observar no mapa, na Place du Carrousel. Além disso, o museu é o início do chamado Grande Eixo Histórico, uma linha urbana que passa pelo Jardim das Tulherias, Praça da Concórdia, Avenida Champs-Elysées, Arco do Triunfo da Praça Etoile, e vai até o distrito de La Défense, finalizando-se no prédio conhecido como Grande Arche. Esse caminho é tradicionalíssimo em Paris desde os desfiles de Napoleão pela cidade, no século XIX. No 14 de Julho, feriado nacional da França, é por esse eixo que desfilam as tropas militares e por onde sobrevoam as aeronaves em espetáculos aéreos suntuosos. No subsolo, sempre se encontra a Linha 1 do metrô, cujas estações que dão acesso ao Louvre são duas: Louvre-Rivoli (com saída para a Colunata do Louvre) e Palais Royal-Musée du Louvre (com acesso ao Carrossel do Louvre e à Pirâmide).

sábado, 14 de janeiro de 2017


Basílica de Saint-Denis


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Imagem: Thiago Costa

Restaurada em 2014/2015, Saint-Denis é a primeira catedral inteiramente gótica e também é o sepulcro dos reis da França. Conta a lenda que São Dênis, o patrono da igreja e do país, fora decapitado em Montmartre e então haveria corrido, segurando a própria cabeça, até Saint-Denis. A igreja começou a ser construída por volta de 1130, sendo uma realização do audacioso abade Suger, conselheiro dos reis franceses à época.

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Imagem: Placa do restauro da catedral (2015)

A fachada ocidental foi concebida para ser uma entrada monumental de três portais, representado a Trindade. Modificada durante a Idade Média e no século XIII, a fachada também sofreu grande influência dos restauros chefiados pelo arquiteto Debret, de 1838 a 1840.

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A grande altura de sua nave evidencia as finas nervuras verticais, formando os arcos acima, em formato de ogiva. A planta, como em Saint-Martin-des-Champs, em Paris, possui capelas dispostas em círculos ao redor do altar. Essas e outras características góticas foram repassadas às demais catedrais francesas construídas a partir de então.

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Logo depois do altar, se encontram os túmulos dos reis da França, guarnecidos por belíssimas esculturas funerárias, desde Clóvis I (511) a Carlos X (1830).
Saint-Denis é uma cidade vizinha à Paris, onde se pode chegar facilmente pelo metrô (Basilique Saint-Denis, linha 13) 

sexta-feira, 13 de janeiro de 2017


Saint-Martin-des-Champs


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Imagem: Thiago Costa

Essa belíssima igreja é uma das mais antigas de Paris, pois foi construída por volta do ano 1060. À época, esse local ficava fora da área urbana, por isso seu nome de São Martim dos Campos. Nela começaram a aparecer os primeiros elementos que dariam início à arquitetura gótica: a planta em semi-círculos, os suportes da cúpula em forma de arco, enfim, traços que seriam desenvolvidos nas posteriores catedrais góticas.

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Imagem: Thiago Costa

Depois da Revolução, essa igreja tornou-se um dos museus mais legais de Paris: Arts et Métiers (Artes e Ofícios). Ali podem ser vistas as invenções mais importantes da ciência, divididas em sete áreas: instrumentos científicos, materiais, técnicas de construção, comunicação, energia, mecânica e transportes. Dentre as atrações, pode-se ver um dos três modelos originais utilizados pelo escultor francês Frédéric Auguste Bartholdi, como estudo para a construção da Estátua da Liberdade. O museu é facilmente acessado pela estação Arts et Métiers do metrô (linhas 3 e 11).